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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

RAÇA SIMENTAL

Origem: o nome da raça vem do vale de Simme (ou vale do Simmenthal) e do vale de Saane, no Oberland, onde já existia gado vermelho e branco na idade média e de onde saíram reses para muitos países europeus.


O Simental resultou da natural aproximação entre o tipo "Gruyére" com o antigo gado da Suíça, passando a receber o nome de "Saanen" ou "Erlenbach". Tudo aconteceu na região de Berna e, por isso, no início do século XIX, estes bovinos eram denominados de raça "Bernesa", com vários tipos de coloração, ou seja, com manchas vermelhas ou negras ou mesmo de pelagem vermelha uniforme.

Difundiu-se pelo sul da Alemanha, onde acabou se tornando uma raça nacional germânica, com o nome de "Fleckvieh". No Brasil, João Vieira Fraga foi um dos primeiros criadores, com animais importados, entre 1905 e 1907, pelo governo de São Paulo. Logo no inicio, o gado Simental foi acasalado com matrizes Guzerá, formando a base do futuro Simbrasil.

Principais características: é uma raça utilizada tanto para corte como para leite, mantendo altas taxas de fertilidade, habilidade maternal e rusticidade, nas mais diversas situações geográficas. O Simental é de coloração amarelada ou vermelha, com manchas brancas em distribuição característica. A cabeça, o ventre e a parte baixa do peito, as patas e a vassoura são brancos. O pêlo é suave e a pele, ligeiramente pigmentada, é de grossura média e flexível. O focinho é claro, os chifres são finos, de cor amarelada, curvando-se para fora, para a frente, com as pontas avermelhadas ligeiramente encurvadas para cima. As fêmeas pesam entre 600-750 kg, com recordes de até 1.000 kg; os machos pesam entre 900 e 1.100, com recordes acima de 1.300 kg.

O Shorthorn se originou no noroeste da Inglaterra, nos condados de Northumberland, Durham, York e Lincoln, através da união do antigo gado Holderness e do gado Teeswater no fim do século XVIII. O real desenvolvimento da raça ocorreu no vale do rio Tees por volta de 1600. O grande tamanho dos bovinos que habitavam aquele fértil vale tornaram-se conhecidos como bovinos Teeswater.

Os mais famosos e influentes criadores de Shorthorn foram os Irmãos Colling na área de Darlington; Charles Colling nasceu no ano de 1751 em Ketton Hall e Robert Colling nasceu em 1749 em Barmpton, os irmãos Colling desenvolveram um tipo de animal mais leiteiro usando, ironicamente, o método de cruzamento fechado por consangüinidade de Bakewell, para fixar as características de seus rebanhos, mas sem usar um excessivo "inbreeding". Em certa etapa da seleção, Charles introduziu um touro meio sangue Galloway mocho, oriundo de uma vaca Galloway vermelha. Na formação do Shorthorn foram usados, também, animais descendentes do bovino selvagem de pelagem branca, sendo, portanto, os antepassados da atual raça White Park. O cruzamento do gado de pelagem vermelha prevalecia no rio Tees e, ao serem cruzados com os animais brancos, originavam belos animais rosilhos.

RAÇA SANTA GERTRUDIS

Origem: o gado Santa Gertrudis surgiu em 1929, no Texas (EUA), a partir da proposta do se obter uma raça do gado do corte que conciliasse alta produtividade e rusticidade, adaptando-se, assim, às duras condições climáticas do sul dos Estados Unidos. Reconhecida oficialmente como a primeira raça sintética formada no Hemisfério Ocidental, a Santa Gertrudis é fruto de um trabalho do cruzamento programado entre animais de origem zebuína e européia, respectivamente, das raças Brahman e Shorthorn, dando origem ao composto 3/8 Brahman e 5/8 Shorthorn.


A Santa Gertrudis foi reconhecida como raça em 1940, e foi introduzida no Brasil em 1953. As vendas somente começaram em 1950, estabelecendo-se um Herd-Book em 1954. Hoje, o Santa Gertrudis está presente em mais de 50 países.

Principais características: a pelagem é vermelha uniforme, ou cereja. A pele é de pigmentação vermelha. Os pêlos são curtos, lisos e sedosos. Os cascos são escuros. O crânio é largo, com frente levemente convexa, e perfil reto. As orelhas são medianas, ligeiramente caídas, abertas para a frente. Pode apresentar chifres ou ser mocho.

Na desmama, o gado puro pesa 260 kg e o 1/2 sangue pesa 240 kg. Aos 12 meses, o puro pesa 340 kg e o 1/2 sangue 300 kg. Aos 24 meses, o puro pesa 520 kg e o 1/2 sangue pesa 470 kg. Quando confinados, podem chegar a 480-550 kg aos 18 meses. As vacas pesam entre 605-800 kg, com recordes acima de 900 kg. Os touros de 1.000-1.200 kg, com recordes acima de 1.300 kg.



No ano de 2003, a AWA Uruguay (Australian Wagyu Alliance) introduziu a raça Wagyu no Uruguai, através da importação de embriões e sêmens produzidos por suas cabanhas australianas associadas: Mazda Wagyu Stud e Goshu Wagyu de Victoria Austrália.


Em 2007, a AWA Uruguay firmou um convênio de representação exclusiva da genética australiana para o Brasil com a Wagyu Brasil.
O gado bovino foi introduzido no Japão, a partir da Ásia, por volta do século II, com o objetivo de fornecer tração para o cultivo de arroz. Durante séculos, esta raça bovina ficou restrita ao Japão pela tradição de seu povo e que veio a se tornar famosa internacionalmente pela qualidade da sua carne, o “Kobe Beef”. Recentemente, surgiram, em número muito limitado, alguns projetos de criação, fora do Japão, da raça Wagyu, principalmente na Austrália. Existem duas linhagens, com aptidões diferentes, dependendo da região de origem da criação: a Black Wagyu e a Red Wagyu.

CARACTERÍSTICAS DA RAÇA WAGYU
• CARNE MAIS SABOROSA E SAUDÁVEL
• MELHORA A QUALIDADE DA CARCAÇA
• SUPERIOR CONVERSÃO DE CARNE
• TAMANHO MODERADO E RUSTICIDADE
• DOCILIDADE
• PARTO FÁCIL E PRECOCIDADE
• MATURIDADE SEXUAL E ALTA FERTILIDADE
• FÁCIL ADAPTABILIDADE AO MEIO AMBIENTE
• PELAGEM: VERMELHA E PRETA

RAÇA RED POLL


O red Poll é derivado do gado original de Norfolk e de Suffolk. A vaca de Norfolk, que era um tipo da carne, vermelho do sangue na cor (e descrito em 1787 como .....” fattening tão livremente) foi cruzada freqüentemente com o touro polled Suffolk, de uma raça excelente da leiteria do gado colorido predominante dun (há uma referência em 1732 à qualidade da manteiga encontrada no Suffolk). O gene polled no Suffolk suprimiu o chifre de Norfolk, e em 1863 o gado Red Poll conhecido de Norfolk e de Suffolk foi adotado e a primeira descrição padrão foi concordada em 1873.


primeiro livro do rebanho seguiu em 1874 (compilado pelo Sr. Henry Euren) e em 1883 a raça tornou-se sabida como “Red Poll”. A sociedade vermelha do gado da votação foi dada forma em 1888. A cor da raça era pelo estabelecido então como o vermelho, com toques brancos somente na cauda.


Com suas tradições longas de qualidades da leiteria e da carne o Red Poll ao primeiro meio do último século era uma das raças dominantes em leiteria inglês, - as características da finalidade que dão agora ào red Poll um papel tão valioso na produção da carne da qualidade.

RAÇA RED BRANGUS

A raça Brangus foi desenvolvida simultaneamente nos Estados Unidos, Austrália, Argentina e Brasil, para atender a demanda de um bovino plenamente adaptado às regiões inóspitas para criação de gado de origem européia. O Brangus é o resultado da união das características predominantes no Aberdeen Angus, tais como qualidade de carcaça, pigmentação, fertilidade e precocidade; com as do Zebú: adaptação e rusticidade, o que está revolucionando o conceito de eficiência no Brasil Central. As primeiras pesquisas e experimentos no Brasil datam de 1945, na EMBRAPA - Bagé/RS, sendo oficializado como raça, 10 anos mais tarde, pelo Ministério da Agricultura.

RAÇA RED BRAHMAN

Uma coisa que é cada vez mais nítido nas pistas das exposições de todo o país, é o crescimento e o interesse pelos animais de pelagem vermelha da raça Brahman, o Red Brahman. No Brasil, animais vermelhos e brancos disputam lado a lado, dividindo uma mesma pista, sob os olhares de mesmos juizes. Não é à toa que a variedade cada vez mais conquista novos adeptos, criadores entrando firme na raça, dispostos a investir em qualidade genética para o importante trabalho de melhoramento animal.

A variedade vermelha foi formada por meio dos mesmos cruzamentos realizados nos EUA, com uma pequena diferença, mas muito importante: receberam uma porcentagem a mais de sangue da raça Gir, o que acabou influenciando não apenas na pelagem dos animais produzidos, mas também em suas aptidões, proporcionando excelente habilidade materna e ótima produção de leite. Sérgio Bendilatti vem aprimorando esta genética no Brasil, fortalecendo a qualidade e realizando um trabalho para conquistar novos selecionadores.

RAÇA RED ANGUS

Origem: o aparecimento do gado vermelho no Angus se deu em 1805, onde em meio aos Aberdeen Angus surgia, às vezes, animais com esta linhagem. No Brasil o primeiro animal foi registrado em 1936, e a raça vem ganhando destaque devido à sua maturidade sexual e habilidade materna.


Principais características: animal de porte médio, podendo o macho alcançar até 900 kg e a fêmea entre 500 e 600 kg, e de pelagem vermelha causada por um gene recessivo. Raça geneticamente mocha com cabeça pequena, curta e larga.

A raça é conhecida pela sua precocidade sexual, velocidade de ganho de peso e fixação de características. Além de apresentar as mesmas virtudes e características funcionais do Aberdeen Angus. Alguns afirmam que o Red Angus é mais rústico que o Aberdeen, pois a pelagem vermelha confere maior resistência aos carrapatos e ao calor.

RAÇA POLLED HEREFORD

A raça Polled Hereford, originária do Condado de Hereford, na Inglaterra, adapta-se bem a vales, planícies e montanhas, e desenvolveu-se perfeitamente na Argentina, Uruguai e Brasil, onde foi selecionada para produzir em condições de extrema variabilidade quanto à temperatura, umidade, solo e alimentação. Estados Unidos da América, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Inglaterra, Argentina, Uruguai e Rússia são os principais países criadores desta raça no mundo. A quantidade de terneiros desejada pelo criador, o ganho de peso buscado pelos invernadores, a qualidade e o rendimento de carcaça procurada pela Indústria Frigorífica encontram, na raça Hereford, consistência genética e classificação superior. O Hereford beneficia em todos os sentidos, a produção animal, graças a sua fertilidade, precocidade e ganho de peso, além da facilidade de manejo, pelo temperamento dócil que o caracteriza.

RAÇA PIRENAICO

Origem: o gado pirenaico é de origem espanhola, precisamente da região basca. Primeiramente, a raça se estabeleceu na cordilheira pirenaica e, mais tarde, se propagou para as províncias de Guipúzcoa, Vizcaya y Alava, sendo utilizado como animais de trabalho.


Atualmente, exemplares de Pirenaico estão mais concentrados no país basco, na Catalunha, em Aragon e Navarra. No Brasil, a raça Pirenaica foi introduzida no país na década de 1990, graças ao trabalho de melhoramento genético da Araucária.

Principais características: a raça se caracteriza pela rusticidade - a qual lhe permite se adaptar a pastoreios e zonas climáticas de difícil acesso geográfico. Além disso, os exemplares da raça se destacam pela longevidade (vida reprodutiva em média de 15 a 20 anos) e pela habilidade materna. A idade do primeiro parto é registrada entre os 30 e 36 meses. A raça Pirenaica apresenta pelagem "avermelhada", tamanho médio, e sua carne é considerada de boa qualidade pela indústria frigorífica.

RAÇA PIEMONTÊS

Origem: a raça Piemontesa é muito antiga, derivada, de acordo com estudos paleontológicos e anatômicos, de um ramo do Bos indicus primigenius (Zebu primigenius) que penetrou na área do Piemonte, há cerca de 25.000 a 30.000 anos, provindo do Paquistão, e lá se fixou, uma vez bloqueado pelos Alpes. Naquela região houve a miscigenação com um bovino antigo do tipo europeu, chamado de Aurochs (Bos primigenius), e desta fusão surgiram os primeiros exemplares Piemonteses. Atualmente, na Itália, além do Piemonte, encontra-se difundida também nas regiões da Liguria e da Lombardia. Neste país, o plantel de animais Piemonteses supera os das outras raças de corte somados. A raça é encontrada também no Canadá, Estados Unidos, México, Bolívia, Argentina e Brasil, que já possui um dos melhores rebanhos do mundo.


Principais características: procura-se um animal de altíssima produtividade. Desta forma, deu-se muita importância à sua principal característica que é a chamada dupla coxa ou dupla musculatura (hipertrofia muscular), que se apresenta com freqüência e que se firmou graças a uma seleção persistente e rigorosa. O rendimento de carcaça é, sem dúvida, uma das diferenças mais notáveis. Segundo a associação italiana da raça (Anaborapi), o rendimento de carcaça dos animais puros chega a 72%. Outras características de grande importância são a pele e a pelagem. Com pele e mucosas pretas e pelos brancos, tendendo ao cinza, o Piemontês apresenta bom padrão para adaptar-se bem ao clima tropical - de temperaturas elevadas. A precocidade reprodutiva é muito alta, tanto nos machos quanto nas fêmeas.

RAÇA PARDO SUÍÇO

Origem: em 1968, a Associação Suíça passou a utilizar linhagens leiteiras norte-americanas, mas um grupo de criadores resolveu manter as linhagens originais. Esses animais são identificados pelo registro genealógico através da sigla OB (Original Braunvieh). Alguns países, especialmente o Canadá e o México, importaram animais da linhagem original Suíça e praticaram uma seleção com vistas á produção de carne.


Acompanhando a tendência mundial para produção do carne, o Brasil importou animais da linhagem original (Braunvieh), tanto da Suíça como do Canadá e do México, e vem praticando uma seleção de animais puros destinados ao cruzamento industrial.

A raça chegou ao Brasil no início do século XX, sendo "Kuno" o primeiro animal registrado em 1905, importado pelo Visconde Ribeiro Magalhães, de Bagé, RS. Somente na década de 1970 a raça ganhou grande impulso, com introdução maciça do gado norte-americano de alta produção.


Principais características: um destaque para a Pardo-Suíço no Brasil é sua utilização nos cruzamentos, em virtude de suas qualidades para produção de leite e carne, precocidade, longevidade, rusticidade e adaptação.

RAÇA NORMANDO

Origem: A raça é originária dos Departamentos de La Manche e Calvados, no sudoeste de Le Havre, península do Contentin, situada na Normandia, França, região de clima litorâneo, cujo solo é rico em cálcio.Existem registros de que animais da raça Normanda foram trazidos para a região da Normandia pelos conquistadores Vikings nos séculos IX e X. A raça é bastante antiga, embora seu melhoramento e "Herd Book" sejam relativamente recentes, tendo sua associação de raça criada em 1883 e foi reorganizada no ano de 1926.


O Normando é basicamente um tipo indígena, possivelmente com origem Viking, o qual foi cruzado com Shorthorn e bovinos das Ilhas do Canal da Mancha entre os anos de 1845 a 1860. Neste tempo a raça era afamada como uma das melhores de duplo propósito do mundo; sem dúvida o Shorthorn contribuiu para a precocidade e o melhoramento da qualidade de carcaça, o Jersey provavelmente contribuiu para a sua alta taxa de gordura. A face é convexa, como o Jersey, e provavelmente isto é devido a infusão de sangue que a raça teve no século XIX. A infusão de sangue Shorthorn e Jersey aconteceu entre os anos de 1845-60.

Principais características: A raça Normanda é de grande porte, rústica, fecunda e longeva. São animais notáveis por sua produção de carne relativamente magra, de excelente qualidade e leite de alto teor de gordura. Sua pelagem deve ter necessariamente as três (3) cores: vermelho ou ruivo (Blond), castanho escuro ou pardo (Bringe) e o branco (Caille), cuja predominância e localização variam conforme o indivíduo. Os animais com pelagem rosilha são desclassificados, tolerando-se os salinos. Para a variedade mocha o padrão é o mesmo da aspada, salvo no que se refere aos chifres, pois carece deles e a conformação da nuca, que deve ser proeminente e arredondada.

A raça apresenta como característica especial a capacidade de ser criada em condições extensivas de manejo, mas também se sobressai em musculosidade, % de gordura, % de proteína no leite, facilidade de manejo, ganho diário, facilidade de parto, intervalo entre partos, precocidade sexual, se comparado com a raça Holandesa. No cruzamento com as raças zebuinas, o gado Normando produz mestiços rústicos de rápido crescimento, pesados, produtores de carne de boa qualidade.

RAÇA NELORE MOCHO

Origem: de origem indiana, o Nelore destaca-se pela rusticidade. O segundo tipo de gado zebu na Índia, é constituído por um importante grupo de raças, dentre as quais se sobressaem a Hariana e a Angole, entre nós considerada por Nelore.


No Brasil, a Nelore é, essencialmente, uma raça produtora de carne. Dentre as variedades trazidas da Índia, é a que vem sofrendo a mais intensa seleção, tendo em vista a obtenção de novilhos para corte.

Principais características: são a pelagem branca ou cinza-clara, a cara estreita em forma de ataúde, arcadas orbitárias não salientes e perfil ligeiramente convexo. Os chifres são normalmente curtos e por vezes grossos: distingue-se, também, pelas orelhas curtas ou de tamanho médio. É um gado, de modo geral, grande.

RAÇA NELORE

Origem: de origem indiana, o Nelore destaca-se pela rusticidade. O segundo tipo de gado zebu na Índia, é constituído por um importante grupo de raças, dentre as quais se sobressaem a Hariana e a Angole, entre nós considerada por Nelore.

No Brasil, a Nelore é, essencialmente, uma raça produtora de carne. Dentre as variedades trazidas da Índia, é a que vem sofrendo a mais intensa seleção, tendo em vista a obtenção de novilhos para corte.

Principais características: são a pelagem branca ou cinza-clara, a cara estreita em forma de ataúde, arcadas orbitárias não salientes e perfil ligeiramente convexo. Os chifres são normalmente curtos e por vezes grossos: distingue-se, também, pelas orelhas curtas ou de tamanho médio. É um gado, de modo geral, grande.

RAÇA MARCHIGIANA

Origem: Os bovinos da raça Marchigiana têm origem muito antiga. Originários das raças podólicas, foram introduzidos na Itália depois do século V d.c., juntamente com os povos bárbaros que, depois da queda do Império Romano, invadiram a região de Marche. As difíceis condições ambientais e alimentares, assim como o emprego continuado nos trabalhos de campo, e os vários cruzamentos com raças que habitavam a Itália, como a Chianina, Romagnola, e outras acentuaram, com o passar dos séculos, o desenvolvimento das massas musculares, e os dotes de resistência, precocidade, fertilidade e docilidade que caracterizam os indivíduos dessa raça bovina.


No ano de 1965, Dr.Ermano Bonaspetti, um italiano que se tornou brasileiro, encontrou em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, o Profº Telesforo Bonadonna, da Universidade de Milano e Dr. Alberto Viganó, Diretor Técnico da ANABIC, entidade que efetua o Registro Genealógico da Raça Marchigiana na Itália, e por seu intermédio, adquiriu doses de sêmen de um touro muito famoso na Itália. No ano de 1966, Dr. Bonaspetti pela primeira vez em nosso país divulgou para a imprensa do Rio Grande do Sul, por meio de artigos de sua autoria, as virtudes da raça. Utilizando o sêmen adquirido, fez inseminações em Uruguaiana/RS, com muito sucesso. O processo de coleta, congelamento e transferência de embriões, encontrou na raça Marchigiana material altamente compatível e foi intensamente utilizado pelos criadores, contribuindo também para a melhoria quantitativa e qualitativa de seus planteis. Os introdutores dessa adiantada tecnologia foram Drs. Fabio Pedriali, Aurelino Menarin e Roberto Moser de Abreu que juntos, na Fazenda Quatro Irmãos em Umurama/Paraná, lutaram para aperfeiçoar e viabilizar esse processo.

Principais características: o bovino Marchigiana - de pelagem branca - se caracteriza pela sua elevada capacidade de ganho de peso (os indivíduos adultos podem superar o peso de 1.200 Kg nos touros e 700 Kg nas vacas), com adequado acabamento de carcaça, altas taxas de fertilidade, rusticidade, sendo uma das características mais marcantes a tolerância ao calor. Os animais nascem em média com 42 Kg de peso ao nascer e estão aptos à reprodução à partir dos 16 meses para fêmeas e 18 meses para os machos. Na busca de animais mais precoces, a raça passou por uma evolução nos últimos cinco anos. Houve uma sensível diminuição na altura dos animais com incremento na profundidade torácica, comprimento e musculosidade.

RAÇA LIMOUSIN

Origem: é nativa da província de Lemosin, ou Limousin, no sudoeste da França. É derivada de um progressivo melhoramento da antiga raça Garoneza, que ocupava também as regiões de Garona, Tar, Lot e Gironda, no século XVII. Eram utilizados para tração animal, até que passaram a ser melhorados no final do século XIX.


A pelagem é de coloração amarelo-claro, com áreas mais claras em torno dos olhos e do focinho, ventre, períneo e extremidades dos membros. O corpo é ligeiramente maior que o dos demais bovinos franceses, pois foi selecionado para dupla aptidão (carne e trabalho).

Principais características: são animais eficientes, de crescimento rápido, grande massa muscular, com alto poder fecundante e de rendimento de carcaça. As fêmeas pesam entre 550-750 kg; os touros entre 950 e 1.200 kg. No Brasil, o recorde é de "Ecu" com 1.517 kg, aos 48 meses.

A raça Limousin é muito utilizada para o melhoramento de demais raças francesas. A facilidade de parto é outra característica marcante da raça.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

RAÇA LONGHORN


O Shorthorn se originou no noroeste da Inglaterra, nos condados de Northumberland, Durham, York e Lincoln, através da união do antigo gado Holderness e do gado Teeswater no fim do século XVIII. O real desenvolvimento da raça ocorreu no vale do rio Tees por volta de 1600. O grande tamanho dos bovinos que habitavam aquele fértil vale tornaram-se conhecidos como bovinos Teeswater.


Este tipo animal foi a base do rebanho que os irmãos Charles e Robert Colling usaram para a formação da raça Shorthorn melhorada. A raça se tornou famosa nesta época, por sua qualidade de carne e rápido engorde, além de boas qualidades leiteiras, espalhando-se por grande parte da Inglaterra. Até então, a raça era de dupla aptidão. Porém, os irmãos Booth a selecionaram para carne, enquanto que Thomas Bates preferiu o caráter leiteiro, seguindo a dupla funcionalidade da raça.

RAÇA JERSEY

Origem: originária de uma ilha inglesa, no Canal da Mancha, de nome Jersey. De lá, se espalhou pelo mundo. No Brasil, a raça foi introduzida no início século XX, no Rio Grande do Sul, pelo diplomata Joaquim de Assis Brasil.


Principais características: os animais da raça Jersey são dóceis, rústicos, com facilidade de parto e adaptabilidade às pastagens deficientes.

RAÇA ILLAWARRA

Estes dois slogans são usados por criadores de Shorthorn em todo o mundo, mas eles mostram somente um pouco da raça. O Shorthorn é chamado de a "Raça Mãe" por dois motivos básicos: o primeiro, por sua grande habilidade materna e, o segundo, por ter influenciado com seus genes, total, ou parcialmente, a mais de 60 raças em todo o planeta. O outro slogan "Grande Melhorador" ou "Great Improver" também se baseia no fato de ter originado a uma grande quantidade de raças.


É uma típica raça britânica de corte e talvez por esta razão seus números na origem são hoje perigosamente baixos, menos que 450 vacas foram registradas em 1987, quando foi pela primeira vez classificada como "rare breed" ou raça rara, apesar de ter sido a principal raça da industria de carne escocesa no século XIX.


Desenvolvido na Australia, baseado em importações britânicas no século XIX, os quais foram cruzadas com Ayrshire, Lincoln Red e Devon. Supostamente uma raça de duplo propósito foi desenvolvida por longo tempo como animal leiteiro. Possui associação própria desde 1930.

RAÇA HOLANDÊS

Origem: segundo a Associação Brasileira Criadores de Bovinos da Raça Holandesa, pouco se sabe sobre a origem da raça Holandesa, ou Fries-Hollands Veeslay, ou ainda Frísia Holandesa, havendo anotações que vão até o ano 2000 a.C.. Ou seja, não há um acordo sobre a origem da raça Holandesa.


Não foi estabelecida uma data de introdução da raça holandesa no Brasil. Paulino Cavalcanti (1935) cita que "segundo os dados históricos, referentes à nossa colonização, presume-se que o gado holandês foi trazido nos anos de 1530 a 1535, período no qual o Brasil foi dividido em capitanias hereditárias". O Herd-Book começou a funcionar em 1935, com o macho "Colombo St. Maria" de Francisco Lampréia, do Rio de Janeiro, e "Campineira", de Vicente Giaccaglini, de São Paulo.

Principais características: a FAO relacionou, na década de 1950, três tipos de gado Holandês, cada uma com seu próprio registro genealógico: a) "Holandês preto e branco" (ou vermelho e branco), com cerca de 80% do total; b) "Meuse-Rhine-ljssel" ( vermelha e branca), com cerca de 18%; c) "Groningen" (cabeça branca), com cerca de 2%.

Até o início de 1980, o Brasil foi considerado o detentor do maior rebanho mundial de HVB (Holandês Vermelho Branco), mas o efetivo foi decrescendo, ano após ano, por falta de disponibilidade de reprodutores VB (Vermelho Branco) com provas genéticas comprovadas e também pela não - aceitação das cobrições de vacas VB por touros PB (Preto Branco). A abertura para uso de reprodutores PB sobre vacas VB somente aconteceu em 1984, desde que o reprodutor fosse portador de gene recessivo para pelagem VB.

A média brasileira de produção leiteira foi, no ano de 2.002, de 8.130 kg na idade adulta (2 vezes e 305 dias). Cerca de 84% de criadores residem em São Paulo, Paraná e Minas Gerais.

RAÇA HEREFORD

Origem: A raça Hereford tem registros de origem no condado inglês do mesmo nome, há mais de 150 anos. Com sua pelagem vermelha; apresenta cabeça, região inferior e extremidade da cauda, brancas.


No Brasil, o primeiro exemplar chegou em 1906 e Laurindo Brasil, de Bagé (RS), em 1907, efetivou o primeiro apontamento do " Herd Book ", registrando um touro argentino. Já em 1910, registraram-se os primeiros ventres, oriundos do Uruguai. A partir daí, a raça Hereford, com sua variedade mocha, a Polled Hereford, cresceu e se firmou de tal forma no país, notadamente no sul, onde clima e temperatura mais se assemelham a sua origem.

Principais características: são animais com esqueleto forte e boa massa muscular. Quando mantido em boas condições alimentares, chegam ao peso ideal de abate entre 20 e 26 meses, na média. Apresenta também adaptação aos mais diversos ambientes e sistemas de produção, graças a docilidade e rusticidade, aos altos índices de fertilidade e de rendimento de carcaça - quando favorecidos com manejo e alimentação adequados.

RAÇA GUZERÁ

Origem: foi a primeira raça zebuína a chegar ao Brasil. A raça foi trazida da Índia, na década de 1870, pelo Barão de Duas Barras, logo dominando a pecuária nos cafezais fluminenses. Surgia como solução para arrastar os pesados carroções e até vagões para transporte de café, nas íngremes montanhas, e também para produzir leite e carne. Com a abolição da escravidão, em 1888, os cafezais fluminenses entraram em decadência, levando os fazendeiros a buscar maior proveito do gado, por meio da seleção das características produtivas.


No Brasil, o Guzerá está espalhado por várias regiões, mas é notória sua presença na região nordestina, onde foi a única raça que sobreviveu, produtivamente, durante os cinco anos consecutivos de seca (1978-1983), além de ter enfrentado também outras secas históricas (1945, 1952, entre outras). Também é muito criada no Rio de Janeiro - onde constituiu o primeiro núcleo de Zebu no país, em Minas Gerais, São Paulo e Goiás, e vem se expandindo para todas as regiões do país.

Principais características: o Guzerá é de dupla aptidão, com algumas linhagens definidas para leite e a maioria do gado selecionado para carne. Mesmo as linhagens de leite são de grande porte. Na idade adulta, as fêmeas pesam entre 450-650 kg. Os touros pesam entre 750-950kg.

Habilidade Materna, rusticidade, bom rendimento de carcaça e precocidade são as principais características da raça Guzerá. Além disso, ela é indicada para o cruzamento com raças européias na geração de F-1.

RAÇA GIROLANDO

Origem: As primeiras notícias do surgimento desses animais data da década de 40. Pelos anseios dos criadores brasileiros, começaram a praticar o cruzamento de Gir com o Holandês intensamente, procurando que as duas raças se complementassem com rusticidade e produtividade. Atualmente o Ministério da Agricultura, juntamente com as associações representativas traçaram as normas para a formação do Girolando - Gado Leiteiro Tropical (5/8 hol + 3/8 gir - Bi Mestiço) -, transformando-o em prioridade nacional.


Com a utilização da Heterose, método que ainda pode utilizar mais intensamente as qualidades existentes nas raças puras, a raça girolanda conseguiu conjugar a rusticidade do Gir e a produção do holandês, adicionando ainda características desejáveis das duas raças em um único tipo de animal, fenotipicamente soberano, com qualidades imprescindíveis para produção leiteira econômica dos trópicos.

Principais características: as fêmeas Girolando, produtoras de leite por excelência, possuem características fisiológicas e morfológicas perfeitas para a produção nos trópicos atribuindo um desempenho muito satisfatório economicamente. Os machos por sua adaptabilidade, conseguem desempenho comparável com qualquer cruzamento industrial específico para carne, quando colocados em situações idênticas de criação.

Sua capacidade de auto-regulação do calor corporal, sua conformação muscular e esquelética, aprumos e pés fortes, hábito de pastejo, capacidade ruminal etc., são condições que lhe atribuem grande resistência e adequação ao meio ambiente. Longevidade, Fecundidade e Precocidade estão bem evidentes no Girolando, virtudes que resultam uma ótima produção vitalícia e uma prole numerosa, que inicia-se normalmente aos 30 meses de idade (1a. cria), o pico de produção leiteira chega até os dez anos, e produz satisfatoriamente até aos 15 anos de idade.

RAÇA GIR LEITEIRO

Origem: a raça Gir, proveniente da Índia, é uma raça mista, produtora de carne e com boa aptidão leiteira. O Gir é uma raça muito utilizada nos cruzamentos leiteiros no Brasil.


Fundada em setembro de 1980, a Associação Brasileira de Gir Leiteiro (ABCGIL) foi criada com o objetivo de unir os criadores e promover o avanço do Gir Leiteiro - com melhor desempenho econômico, através da utilização de animais de valor genético comprovado.

Atualmente, a entidade está envolvida com a execução do Programa Nacional de Melhoramento Genético - em parceria com a EMBRAPA/Gado de Leite, e com a promoção de exposições e eventos agropecuários, onde se comprovam a potencialidade da raça, como produtora de leite

RAÇA GIR

Origem: criada em estado de pureza nas regiões indianas de Rayputana e Baroda em maior escala, mas também perfeitamente pura nas terras férteis das montanhas de Gir, ao Sul de Katiawar, a raça gir foi alvo de interesse logo de início para os importadores brasileiros. Considerada em sua própria região de origem como de dupla aptidão (trabalho e leite), a raça manteve e aprimorou seus atributos econômicos no Brasil.


Principais características: com caracterização racial bastante peculiar, o gir se distingue pela pelagem vermelha ou amarela em combinações típicas da raça: gargantilha, chitada, rosilha e moura, sempre sobre pele bem pigmentada. O perfil craniano ultraconvexo (com fronte larga, lisa e proeminente) e marrafa bem jogada para trás (onde nascem os chifres de seção elíptica, achatada, grossos na base, saindo para baixo e para trás), completam com detalhes o padrão racial do gir. Sua natureza gregária e o temperamento dócil contribuíram para sua expansão no Brasil.

O tipo morfológico atende aos requisitos de um animal moderno produtor de carne e leite, ainda que tenham sido observadas linhagens que se destacam mais pela produção leiteira. As crias nascem com um pequeno peso, o que não provoca problemas de parto. O peso médio ao nascer é de 24 kg para fêmeas, e de 26 kg para os machos, não obstante apresentem bom desenvolvimento e terminação rápida, desde que criados em um sistema de alimentação adequado. A habilidade materna das vacas gir constituem um bom fator de crescimento dos bezerros na fase pré-desmama.

RAÇA DEVON

Esta raça antiga e bela mostrou ser um grande negócio, sendo muito bem adaptada a climas quentes. Centrado ao redor de Exmoor, ao norte de Devon, onde o clima é chuvoso e úmido, com invernos frios e rigorosos, este foi o ambiente dominante em que a raça Devon proliferou por muitos séculos.


A pele pigmentada de amarelo-alaranjado e a pigmentação escura nos olhos são um muito úteis nos climas tropicais, onde a pigmentação da pele protege o úbere da perigosa radiação solar.

A raça é muito resistente e as fêmeas não apresentam problemas de fertilidade ou parição. Suporta o frio e a umidade, mantendo-se bem em pastagens fracas e fibrosast. Por isso, é muito apreciada pelos pequenos proprietários. O nome da raça indica sua procedência do oeste da Inglaterra, mas a experiência demonstra cabalmente que ela pode se ambientar em outras zonas, tanto no Reino Unido como em outros países.

Durante os muitos anos de experiências nas quais os adeptos de outras raças visavam o aumento do tamanho dos animais, a Devon se manteve como gado de porte médio. Agora, com a maior procura pelos animais de fácil adaptabilidade ao sistema de criação extensivo, a raça começa a se espalhar por todo o Brasil.

RAÇA CHAROLÊS

Origem: A história do Charolês começa com um gado nativo de cor creme que habitava a comarca de Charolais (pronuncia-se "charolês"), na região central da França, entre os rios Loire e Saone. A raça ancestral provavelmente apresentava muitas características comuns ao gado Simental, da Suíça e da Alemanha, todos descendentes do Bos frontosus, do período jurássico.


Da aptidão tripla (carne, trabalho e leite) passou para uma raça especializada em carne, aumentando muito sua reputação desde o inicio do século XX. Em 1965, o Canadá passou a importar animais da Franca e, então, reexportá-los para os Estados Unidos e até para o Brasil. Desde 1955 a Argentina importou mais de 1.400 cabeças, sendo que muitos desses animais foram reexportados para o Brasil.

Principais características: são bovinos grandes e pesados, com amplas massas musculares e alto rendimento de carcaça. A pelagem é branca ou creme (amarelo claro), com reflexos amarelados. A pele não é pigmentada, nem tampouco as mucosas, o focinho, os cascos e os chifres, sendo ideal para o clima temperado. A pele é solta, de espessura média, com pêlo suave, de comprimento mediano e, às vezes, com aspecto lanoso. Os chifres nascem lateralmente, encurvando-se para frente e para cima na extremidade.

As vacas pesam entre 800-900 kg, com recordes acima de 1.100kg; os touros entre 1.100 e 1.250 kg, com recordes acima de 1.500 kg. A raça se destaca por sua estrutura óssea e muscular, rendimento de carcaça e precocidade no cruzamento e no abate.